Unir para resistir - Não ao desmonte do serviço público!

Publicado em 18 de Ago de 2017
Unir para resistir - Não ao desmonte do serviço público!

“Com o lombo todo ardendo/Daquele grande aperreio zebu saiu correndo/Fungando e berrando feio E as formiga inocente/Mostraro pra toda gente Esta lição de morá/Contra a farta de respeito Cada um tem seu direito/Até nas leis da natura.” (Patativa do Assaré)

A voz da grande mídia está unificada defendendo as medidas draconianas do governo federal contra o povo brasileiro e especialmente contra o serviço público e seus servidores. Não há espaço para qualquer opinião discordante diante do massacre, como que um boi zebu ao enfiar as quatro patas esmagando nossas conquista e direitos, que o Ministro da Fazenda (a quem diga que ele é o verdadeiro governante, testa de ferro do sistema financeiro) está perpetrando com Emenda Constitucional 95 - PEC da Morte, a reforma trabalhista - já aprovada e que obriga mulheres grávidas a trabalharem em ambiente insalubre -, a reforma da previdência em trâmite que praticamente extingue esse direito a grande parcela da população (os trabalhadores da iniciativa privada dificilmente conseguirão atender aos requisitos para a aposentadoria, principalmente a parcela menos qualificada e com alta rotatividade de mão de obra), ao mesmo tempo em que abre as torneiras dos cofres públicos em emendas parlamentares para sua base de sustentação e, de forma aberrante, faz gracejos em forma de bilhões de reais de perdão ou isenções a determinados setores econômicos.

O Governo Temer desde seu início elegeu como inimigo número um os servidores públicos, nenhuma novidade se tratando de defensores do estado mínimo, entretanto a virulência e a envergadura dos ataques e o poder de destruição que as medidas farão a qualidade dos serviços públicos estão a surpreender até os defensores de políticas neoliberais. O congelamento do orçamento por vinte anos é uma aberração diante das deficiências dos serviços prestados pelo estado brasileiro aos seus cidadãos. Congelar a saúde, a educação, a segurança pública, num país dos mais alarmantes abismos de diferenças econômicas e sociais é condenar a nação a um retrocesso civilizatório. Mentem descaradamente sobre um déficit da previdência que há poucos dias foi desmentido na CPI do Senado. Escondem do povo que os países do porte do Brasil investem muito mais em servidores públicos para que seus serviços atendam com dignidade todo o povo e não apenas alguns privilegiados. Um serviço público de qualidade é questão de democracia e justiça social. Estamos sendo vilipendiados em nossos direitos e em nossa dignidade de trabalhadores.

Já se sabe que a formiga/Cumpre a sua obrigação, Uma com outra não briga/Veve em perfeita união /Paciente trabaiando/Suas foia carregando Um grande inzempro revela/Naquele seu vai e vem E não mexe com mais ninguém/Se ninguém mexe com ela.

Sem demonstrar qualquer segurança quanto ao destino imposto à nação, o governo se embaralha em números, achincalha o déficit público e avança ferozmente na direção das verbas públicas destinadas aos programas sociais, paralisa serviços essenciais, corta importantes investimentos e aumenta o número de desempregados (seguindo a linha de seus economistas, consideram o pleno emprego um desastre para o custo Brasil, pois aumenta os salários, e o ideal é um grande contingente de desempregados para possibilitar a queda de salários). Em seu mais novo ataque quer instituir um piso salarial de cinco mil reais (iludindo a população tentando passar a imagem que a maioria ganha acima desses valores), e, na verdade, quer é aumentar a contribuição previdenciária e congelar os salários numa afronta a Constituição Federal. Além do mais, extirpar sessenta mil vagas, destruindo o sonho dos concursos públicos e condenando a população a gastar mais e mais de seus parcos recursos com os serviços da iniciativa privada quer seja em educação, saúde ou segurança para citar os mais importantes. Destroem sonhos e vidas de milhões do povo, carreando os recursos do país para poucas centenas de agiotas do sistema financeiro com a indústria da dívida pública.

O MOMENTO É DE GRANDE UNIÃO, o SINDPRFCE conclama para que todas as entidades dos servidores públicos deem as mãos e juntos com os trabalhadores da iniciativa privada e suas entidades, ao lado dos cidadãos, resistam à destruição do pouco que construímos de estado de bem estar social. Forjar com tempera do aço um movimento forte, unitário, destemido para resistir e avançar na manutenção de direitos e em defesa do serviço público de qualidade.

O SINDPRF-CE se manterá na luta ferrenha contra a reforma da previdência e agora de forma mais ampla contra todos esses ataques aos servidores e ao serviço público. Ombreando-se com a FENAPRF em nível nacional, em nível estadual com a UPB-CE e propondo a unificação de todos no Fórum em Defesa do Serviço Público.

Como dizia o poeta:

As formiga a defendê/Sua casa, o formiguêro, Botando o boi pra corrê/Da sombra do juazêro, Mostraro nessa lição/QUANTO PODE A UNIÃO; Neste meu poema novo/O boi zebu qué dizê Que é os mandão do podê,/E as formiga é o povo.

AOS MILHARES, VAMOS MOSTRAR QUANTO PODE A UNIÃO, LUTA E RESISTÊNCIA!

 

Fortaleza, 18 de agosto de 2017.

DIRETORIA

 

Confira a nota em formato de PDF no link: http://bit.ly/2vKEyWM

 

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